sábado, 20 de outubro de 2012

Onde estará a paz? Estará ela no recanto tranqüilo do aconchego do nosso lar? Estará ela no sono desapegado de uma criança no berço? Estará ela num campo florido de girassóis? Ou estará ela na morte, no fechar perpétuo dos nossos olhos materiais? Queridos amigos, digo-lhes que a paz, habita dentro de nós. É a companheira de nossos passos, às vezes firmes, às vezes trôpegos, no caminho que está à nossa frente. Ela está no sorriso agradecido de um companheiro a quem tivemos a oportunidade de amparar, de esclarecer. Ela está naquele agasalho que colocamos no ombro de um desabrigado. Ela está na sensação do dever cumprido junto aos filhos, aos familiares. Mas, amigos, ela está principalmente no desapego da materialidade, no desapego de um ente a quem tanto doamos, a quem tanto amamos, em sua partida. Amar sem intenções de que tenhamos uma recompensa pelo que doamos. Amar é encontrar a paz. Amar é encontrarmo-nos conosco mesmos. Viver com desapego. A sensação de que tudo o que realizamos é grandioso perante a eternidade. Porque amamos, doamos, trabalhamos, encontramos a nossa PAZ.
Aconteça o que acontecer, esteja em paz com você mesmo. Aconteça o que acontecer, medite sobre a sua postura perante a vida, diante do seu próximo. Aconteça o que acontecer, esteja alerta aos seus sentimentos em relação a si e aos outros. Aconteça o que acontecer, esteja em paz com Deus, que o criou e que quer-lhe bem. Aconteça o que acontecer, esteja feliz, porque a vida é a melhor escola para que você cresça. Aconteça o que acontecer, esteja em todos os corações com sua bondade, sua generosidade e sua doação. Aconteça o que acontecer, esteja ativa na vida, pois passiva e trancada, nada lucrarás, a não ser, a estagnação. Aconteça o que acontecer, ame, apoie, agasalhe, ajude ao próximo. Aconteça o que acontecer, esteja em paz.
Peço a paz e o silêncio A paz dos frutos e a música de suas sementes abertas ao vento Peço a paz e meus pulsos traçam na chuva um rosto e um pão Peço a paz silenciosamente a paz a madrugada em cada ovo aberto aos passos leves da morte A paz peço a paz apenas o repouso da luta no barro das mãos uma língua sensível ao sabor do vinho a paz clara a paz quotidiana dos actos que nos cobrem de lama e sol Peço a paz e o silêncio.
Quando Jesus morreu na cruz para nos salvar. Ele tinha a esperança de que a paz fosse reinar. Mas tudo o que podemos afirmar, é que a paz a cada dia perde seu lugar. O causador disso é o próprio homem, que não é capaz de pensar o quando consegue se prejudicar ao praticar sua imprudências sem pensar na conseqüências. Mas nem tudo esta perdido, pois tem em nossos corações a semente da salvação e a consciência de que a conquista da paz está em nossas mãos.